segunda-feira, 23 de maio de 2011

Direito e Justiça

Vivemos na era do Direito , pois cada qual influenciado pela mídia e seus artifícios cada vez mais psicológicos nos alimenta e nos insere cada vez mais num turbilhão multicolorido do consumismo desenfreado .Estamos perdidos, pois nossa geração tem muito e também nada pois nós não sabemos o que fazer desta expressão chamada vida.

Nos contextos históricos buscamos empreender ou até mesmo memorizar os cenários históricos a fim de ganharmos mais , cada vez mais e nos empanturrar de um consumismo que nos faça menos infeliz pois o que tenho me faz menos infeliz (ainda que seja por pouco tempo).Desculpem a última redundância pois sei que em nossa sociedade sempre buscaremos criticar alguém para que justifiquemos nosso controle social na forma de um intelectualismo pseudo inteligente porém extremamente argumentativo.

Nosso mundo está caracterizado por uma herança fortemente jurídica como diria Eduardo Galeano pois ,criamos um linguagem altamente tecnicista com o firme propósito de que a maioria das pessoas não entendessem nada e com isto justificarmos a exploração alheia.
Há tempos não tão remotos os pupilos estudantes do Direito academicista liam o livro de Romanos na Bíblia para entender a forma de condução jurídica daquele povo e também ganhar um poder de argumentação cada vez mais escasso entre nossos “operadores do Direito”. Desta forma a ciência jurídica nasceu com a fundamental pretensão de equilibrar os conflitos sociais e analisar o conflito inequívoco entre Direito e Justiça.
Buscamos em todos os momentos inferir que nós somos capazes de estabelecer um equilíbrio ou aquilo que chamam os mais renomados juristas de ato jurídico perfeito e sentado em nossa carteira da universidade aprendemos expressões como “Pacta sunt servanda”ou até mesmo ‘’vacacio legis’’ a final basta pronunciar alguns termos em latim para a admiração sobre sua pessoa crescer exponencialmente.

Desafio cada pessoa que lê estas linhas a procurar estas finalidades humanas ,num mundo que absolve culpados e incrimina inocentes ,num mundo(outra vez) que não sabe ou faz que não sabe escolher entre o certo e o errado.O século anterior que foi considerado o momento da ética expressou-se amplamente antiético ao reafirmar que suas elucubrações não podem estabelecer uma verdade próxima da verdade em sua essência absoluta. Sendo assim um sistema que não consegue dirimir os fatos para chegar a razão humana em seu principal objetivo, este se torna absolutamente falho.
Por isso credito toda a minha existência num criminoso que não cometeu crime, num marginal que não transgrediu a lei e que quando solicitado para se defender não falou, pois sabia que o homem com seu sistema legal iria promover mais uma vez o ilegal e dizer em silêncio sepulcral que este mundo não consegue aliar Direito e Justiça.
Aquele homem chamado Jesus não é o baluarte de nenhuma ideologia ,de nenhuma idiossincrazia ,mas de uma vida que elucida o único caminho para unir no seu Reino, Direito e Justiça.

segunda-feira, 21 de março de 2011

A IMAGEM

Estamos em pleno século XXI e buscamos mais do que tudo uma compreensão mais nítida do nosso mundo.Em outros tempos reafirmaríamos o padrão que existe em nossa mente científica,falaríamos de alguém entre Sócrates e Einstein ou de Ovídio à Clarice Lispector,demonstraríamos quão grande expressão filosófica existiria entre esses personagens da nossa existência histórica a fim de elaborarmos uma teia mental que fornecesse uma explicação desta panaceia chamada vida.
Disseram que o século passado foi dominado pela ética,tenho minhas dúvidas, pois de qual ética nós falamos, daquela que Fiódor Dostoiévski descreve em Crime e Castigo ou nos Irmãos Karamazov? De qual ética nós falamos?
De tempos em tempos surge alguém dizendo que a verdade está aqui ou ali e nós nos enveredamos numa verdade de mentirinha pela qual nos robusteça em nossa realidade.Nossa academia elabora os mais profundos debates filosóficos a respeito dos homens e de nossa História. Desta forma acontece algo que nos choca entre a teoria e vida cotidiana, há de se perceber, um foço um espaço longínquo que muitas vezes nos entristece e nos faz menores diante de nós mesmos.
A partir do que pensamos nestas linhas algo nos parece ser deveras importante: a imagem, pois é dela que boa parte das histórias ou estórias são contadas.Muitas destes escreveram algo muito,muito importante para nossa efêmera sociedade,mas eu pergunto onde está a verdadeira imagem de Hegel,de Voltaire,de Marx, de Getúlio Vargas,dos “Fernandos” Collor e Henrique,de Luís Inácio Lula da Silva? Aquela que nos é passada pela mídia televisiva? Com suas modelos esquálidas anoréxicas ou com seus homens “bombados” e de feições femininas? É interessante como uma agenda obscura e extremamente oportunista nos faz tolos e altamente repetitivos de uma imagem virtual (não verdadeira), deste cenário social que se avizinha em nossa realidade.
Faça uma experiência:verifique a biografia dos homens em questão e tire suas próprias conclusões.Também peço que some a esta lista um nome: Jesus Cristo,confesso que é muito difícil para este que vos escreve incluir este homem no mesmo grupo destes filósofos.Acredite é necessário questionar tudo,realmente, pois até a fé sem perguntas é fanatismo.
Leia onde achares justo sobre estes homens, mas nunca,nunca em apenas uma fonte,não emita opinião sem antes pesquisar e pensar e você, só você pode tirar suas conclusões e descobrir de quem é a imagem do Absoluto,daquilo que a conhecemos como Real.